A escolha de um novo ministro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem gerado um embate político entre Arthur Lira (PP) e Renan Calheiros (MDB) em Alagoas. A disputa envolve a procuradora Maria Marluce Caldas, apoiada por Lira e pelo prefeito de Maceió, JHC, seu sobrinho, enquanto Renan e o governador Paulo Dantas defendem a indicação de Sammy Barbosa, do Acre. Desde outubro, o presidente Lula tem as listas tríplices em mãos, mas adiou a decisão para 2025.
Além da rivalidade regional, cresce a pressão dentro do Judiciário para que Lula escolha uma mulher para a vaga. A procuradora Maria Marluce, que inicialmente era considerada uma opção secundária, ganhou força nas discussões, enquanto Sammy Barbosa, antes favorito, perdeu espaço nos bastidores. A possibilidade de uma escolha feminina se tornou um fator relevante na decisão presidencial.
Outro elemento que pode influenciar o cenário político é a posse de Eudócia Caldas (PL), mãe de JHC, no Senado. Ela assume a vaga deixada por Rodrigo Cunha, que renunciou ao mandato para ser vice-prefeito de Maceió.
Em outro campo, integrantes do núcleo jurídico avaliam que uma solução composta por um homem e uma mulher seria uma saída intermediária. Esse é o cenário, segundo interlocutores do STJ, em que Maria Marluce ganha força para a vaga destinada ao Ministério Público, considerando o favoritismo de Carlos Brandão e a influência de Nunes Marques na disputa.
