18 de dezembro de 2025
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Pedido de restabelecimento de escolta de Marina Cintra é retirado de pauta e ex-primeira-dama segue sem proteção; entenda

No último dia 26 de novembro, a ex-primeira-dama de Alagoas e ex-prefeita de Batalha, Marina Cintra, teve a segurança pessoal retirada após manifestar mudança em seu posicionamento político. Segundo a defesa, a proteção era realizada por policiais militares desde 2006, em razão de conflitos históricos e envolvendo a família do atual governador Paulo Dantas, seu ex-marido, e a família Boiadeiros, com registros de ameaças e crimes ao longo dos anos.

A ex-primeira-dama manteve um casamento de aproximadamente 30 anos com o atual governador e construiu notoriedade política própria, tendo sido eleita prefeita de Batalha. Em razão da exposição política e do vínculo com o atual chefe do Executivo estadual, Marina estaria entre as pessoas mais ameaçadas, o que justificou a manutenção da escolta policial por quase duas décadas. Marina chegou a ter um irmão assassinado por causa dos conflitos entre a família Dantas e Boiadeiros.

Ainda segundo a defesa, apesar de Marina ter se divorciado em 1º de julho de 2024, ou seja, somente após quase um ano e meio de divirciada e da recente manifestação pública de posicionamento político, teria Marina sido informada, de maneira informal, sobre a retirada da segurança. O aviso teria sido feito por um dos próprios policiais que realizavam a escolta, que falou ter recebido ordem superior para cessar a segurança dela e que tal ordem eecebeu do Gabinete, deixando Marina “totalmente exposta, vulnerável e insegura”, temendo pela própria vida.

A advogada informou ao Agora Alagoas, com exclusividade, que os pedidos administrativos que foram feitos formalmente no Conselho Estadual de Segurança Pública (CONSEG), requerendo o restabelecimento da segurança de Marina, tem como Relator um representante do Governo, Luiz de Albuquerque Medeiros Neto, pessoal a ligada diretamente ao Governador e que já atuou como advogado de Paulo Dantas no caso da operação da Polícia Federal em 2022 e que a assessoriado Conselho informou, que os pedidos feitos estavam na pauta da última reunião do Conselho, dada a urgência da situação, mas que o relator teria solicitadoa retiradada pauta, e o tema deixou de ser apreciado na última sessão do ano, realizada em 15 de dezembro.

A defesa também revelou que solicitou cópias integrais dos processos que resultaram na retirada da segurança, mas até o momento não obteve resposta. Além disso, afirma que o procedimento ocorreu de forma não oficial, sem qualquer comunicação formal do CONSEG, tendo sido informada através de recado dado ao motorista. Ressalta ainda, que o irmão dela, atual prefeito de Major Isidoro, interior de Alagoas, não teve a segurança cessada e questiona porquê apenas a dela foi retirada. E que nem podem justificar o fato de Marina ser ex primeira dama, pois a mesma já está nessa qualidade há quase 1 ano e meio e desde o dia 23 de novembro do corrente ano sem escolta policial.