Os Correios anunciaram nesta quarta-feira (15) que estão negociando um empréstimo de R$ 20 bilhões com bancos para recuperar o equilíbrio financeiro e garantir a continuidade das operações. A estatal, que acumula 12 trimestres seguidos de prejuízo, fechou o primeiro semestre de 2025 com saldo negativo de R$ 4,3 bilhões. O presidente da empresa, Emmanoel Schmidt Rondon, afirmou que o crédito é essencial para restabelecer a liquidez e viabilizar medidas como o novo Plano de Demissão Voluntária (PDV).
Segundo Rondon, a crise financeira é resultado da falta de adaptação dos Correios à nova realidade do mercado logístico e digital. A escassez de recursos tem causado atrasos em pagamentos a fornecedores, planos de saúde e agências conveniadas, além de paralisações em transportadoras terceirizadas. Em 2024, a estatal já havia recorrido a um empréstimo de R$ 1,8 bilhão e consumido quase todo o caixa disponível para manter as operações.
O plano de reestruturação da empresa prevê corte de despesas administrativas, venda de imóveis ociosos e criação de novos produtos para ampliar a receita. A expectativa é que o empréstimo alivie o caixa entre 2025 e 2026, permitindo a retomada gradual da capacidade operacional. Apesar das novas promessas, boa parte das medidas já vinha sendo implementada pela gestão anterior, sem resultados expressivos até o momento.








