O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central irá se reunir na tarde desta quarta-feira (5) e deve manter a taxa básica de juros da economia em 15% ao ano, o maior percentual em quase duas décadas. Caso a previsão dos economistas se concretize, será a terceira vez consecutiva que o índice será mantido. Prováveis reduções devem ser iniciadas apenas a partir de 2026.
O Copom acredita que manter o índice elevado é uma maneira de conter as pressões da inflação. Na visão do BC, se as projeções inflacionárias estão alinhadas com as metas, é possível baixar os juros. Caso contrário, a elevação ou o aumento são medidas adotadas.
Setores do Governo Federal são contrários e pedem insistentemente uma redução do percentual. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, levantou novamente a bandeira da queda e afirmou que a manutenção pode ter um efeito contrário.
“Por mais pressão que os bancos façam sobre o Banco Central para não baixar juros, elas vão ter que cair. Não tem como sustentar 10% de juro real, com a inflação batendo 4,5%. Você vai sustentar um juro de 15% em nome de quê? Eu não sou diretor do Banco Central. Se eu fosse, eu votava pela queda. A impressão que dá é que estamos vivendo uma crise fiscal. É um delírio que eu precisava entender do ponto de vista psicológico. Porque, do ponto de vista econômico, eu não consigo entender”, disse Haddad.








