O tenente-coronel Mauro Cid, em delação premiada, afirmou a existência de um grupo de conselheiros radicais próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com as informações do site UOL, Michelle, esposa de Bolsonaro, e Eduardo Bolsonaro, deputado federal, teriam incentivado a ideia de um golpe de Estado para rejeitar o resultado das eleições presidenciais de 2022 e manter Bolsonaro no poder, apoiados especialmente pelos detentores de licenças de armas.
Apesar do suposto plano, o golpe não se concretizou devido à falta de apoio suficiente das Forças Armadas, conforme relatou o tenente-coronel. Ele também revelou que Bolsonaro mobilizou os militares para investigar supostas fragilidades no processo eleitoral. Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, destacou que o então presidente resistiu a desmobilizar acampamentos de apoiadores, acreditando na descoberta de fraudes que anulariam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições passadas.
Em resposta, o advogado de Bolsonaro e Michelle, Paulo Cunha Bueno, classificou as acusações como “absurdas e sem qualquer amparo na verdade”, afirmando que o ex-presidente e seus familiares “jamais estiveram conectados a movimentos que projetassem a ruptura institucional do país”.