A Aliança Comercial informou que a cidade de Maceió contabiliza cerca de 50 construções abandonadas. No entanto, conforme um estudo do departamento de arquitetura da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o número é bem maior, com cerca de 800 prédios abandonados. Os dados da Ufal são de uma pesquisa realizada em 2021, disponibilizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb).
Além do estado de abandono, os prédios também apresentam problemas com vetores de doenças e questões de segurança. Para solucionar a situação, alguns municípios no Brasil têm o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) progressivo no tempo, que penaliza o proprietário. Em Maceió, esse imposto não é cobrado.
Segundo o arquiteto e professor da Ufal Dilson Ferreira, existe uma iniciativa do Governo Federal para utilizar os imóveis públicos, com financiamento pela Caixa Econômica, que destina alguns prédios para fins de habitação de interesse social.
“É preciso uma requalificação urbana. O edifício, por si só, não resolve; é necessário considerar toda a área urbana da cidade. Um prédio abandonado, por exemplo, pode ser destinado a um equipamento público, como um centro de assistência ou um restaurante comunitário, entre outros usos”, afirmou o professor.
