O acidente com o modelo de avião ATR 72, que caiu na última sexta-feira, 9 de agosto, em Vinhedo, São Paulo, resultando na morte de 62 pessoas, trouxe à tona um histórico de problemas relacionados ao acúmulo de gelo em voos anteriores da mesma aeronave. Um relatório do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), publicado nesta terça-feira, 13, no Uol, revelou que o ATR 72 já havia enfrentado uma situação crítica envolvendo gelo durante um voo entre Maceió e Salvador, em 2013.
O relatório, produzido após uma extensa investigação, classificou o incidente de 2013 como “grave”, apontando múltiplos fatores contribuintes, incluindo condições meteorológicas adversas, decisões equivocadas da tripulação e potenciais falhas de manutenção. As semelhanças nas condições meteorológicas do voo de 2013 e as da última sexta-feira, que também indicavam formação severa de gelo, levantam hipóteses de que o gelo possa ter sido um fator determinante na queda do avião em Vinhedo. No entanto, apenas a investigação em andamento do Cenipa poderá confirmar as causas reais do acidente.
O voo citado entre Maceió e Salvador ocorreu no dia 26 de julho de 2013. A companhia aérea que o operou foi a extinta Trip, que havia fundido operações com a Azul em 2012. Assim como na aeronave da Voepass, o avião levava quatro tripulantes e 58 passageiros. No caso, porém, a aeronave conseguiu pousar em segurança e ninguém se feriu.
“O céu naquela noite estava nublado a encoberto, com nuvens e cristais de gelo. O voo seguiu sem problemas até a altitude de cruzeiro (16.000 pés), voando a uma velocidade de 202 nós (354 km/h). O voo decolou às 18h10 e tudo ia bem até 18h37, quando a tripulação identificou “formações meteorológicas” e discutiu a necessidade de desvios na rota”, concluiu a investigação da época.
*Com informações da UOL
