O superintendente federal do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) em Alagoas, Cauê Castro, esteve em Brasília nesta semana, e participa ativamente da divulgação da nova política pública lançada em conjunto com o Ministério da Saúde (MS): o programa Mais Saúde dos Povos das Águas. A iniciativa pretende assegurar atenção integral à saúde de comunidades pesqueiras artesanais de todo o país, com foco especial em mulheres pescadoras e marisqueiras.
Durante o anúncio, Caûe Castro ressaltou a relevância desta política para Alagoas e para todas as populações do mar, rios e mangues: “Este programa representa o cuidado do Estado com quem vive das águas, como pescadoras, pescadores, marisqueiras e suas famílias. Para Alagoas, significa dignidade, saúde e reconhecimento do seu valor social e econômico”.
Ele destacou que o “Mais Saúde” chega em bom momento: “As mulheres das águas, que passam horas no mangue, no mar ou nos rios, muitas vezes sem acesso digno à saúde, merecem atenção especializada. Estamos garantindo que o SUS esteja presente onde elas estão.”
O programa, com recursos da ordem de R$ 500 milhões, amplia as equipes de saúde da atenção primária (APS), com contratação de novos profissionais e logística adaptada para atender comunidades costeiras, ribeirinhas e marítimas. Entre os benefícios anunciados estão: vigilância em saúde adaptada às realidades de quem pesca ou extrai mariscos; acompanhamento de doenças ocupacionais comuns a essas atividades; e atenção específica à saúde de mulheres pescadoras — considerando, por exemplo, os riscos a que estão submetidas ao trabalhar por horas em ambientes insalubres.
Cauê afirmou que o alcance nacional do programa — estimado em 94% da população pesqueira do país — reforça a importância de políticas públicas voltadas aos povos tradicionais das águas. “Alagoas está inserido neste esforço nacional, e vamos trabalhar para que cada pescadora e cada marisqueira do nosso litoral e rios tenha acesso pleno à saúde e à dignidade”, declarou.
Para as mulheres pescadoras e marisqueiras alagoanas, a expectativa é de mudanças concretas: com atendimento mais próximo, vigilância de saúde continuada e atenção especializada às condições de trabalho, o programa pode reduzir doenças, acidentes e promover o bem-estar de milhares de famílias. Além disso, representa um reconhecimento institucional da importância histórica e econômica dessas mulheres para as comunidades costeiras.









