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Caso Braskem: Após suicídio de idosa, Leonardo Dias volta a cobrar realocação para moradores dos flexais

Imagem: Reprodução

Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Maceió (CMM) desta terça-feira (5), o vereador Leonardo Dias (PL) lamentou a morte trágica de Maria Tereza da Paz, de 63 anos, conhecida como dona Pureza. A moradora dos Flexais, área afetada pelo crime da mineradora Braskem, cometeu suicídio no último dia 31 de outubro, após envenenar a si mesma e a sua filha. O caso gerou ampla repercussão na imprensa e nas redes sociais.

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Em seu discurso, Dias voltou a pressionar as autoridades e a Braskem para que providenciem a realocação dos moradores das áreas de Flexal de Cima e Flexal de Baixo, além de uma indenização justa. Ele ressaltou que já vem tratando do tema há três anos, desde quando presidiu a Comissão Especial Parlamentar dos Bairros em Afundamento de Solo (CEPBAS), e que vem cobrando medidas urgentes.

O vereador relembrou as medidas encaminhadas às autoridades em 2022: “No dia 11 de fevereiro de 2022, enquanto presidente da CEPBAS, enviamos ao Sr. Milton Pradines, da Braskem, uma série de críticas quanto à proposta de revitalização da área e insistimos que a única solução era a realocação. O mesmo pedido foi feito ao Ministério Público Federal (MPF), à Defensoria Pública e ao Procurador-geral de Justiça de Alagoas. Alertamos que as condições do local tornavam inviável a permanência das pessoas”, disse.

Dias destacou que a situação psicológica dos moradores é crítica e mencionou dona Pureza como exemplo de uma vítima dessa situação. “Se essa solução tivesse sido acatada lá atrás, talvez ela hoje não tivesse feito o que fez e pudesse viver em outro local e ter direito a viver”, frisou.

O vereador também comentou a recente conclusão do inquérito da Polícia Federal (PF), que responsabilizou três representantes do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL) pelo desastre ambiental. “A PF concluiu que Gustavo Ressurreição Lopes, presidente do IMA/AL; Leonardo Lopes de Azevedo Vieira, vice-presidente do IMA/AL; e Jean Paul Pereira Melo, geólogo do IMA/AL, foram omissos. Essa investigação finalmente aponta responsáveis pela negligência e omissão que contribuíram para essa tragédia, que atinge mais de 60 mil pessoas, incluindo dona Pureza”.

Leonardo Dias encerrou seu pronunciamento pedindo uma revisão urgente para que a Justiça considere a realocação dos moradores e impeça mais perdas trágicas na região.

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