O julgamento de Matheus Soares, acusado de envenenar o próprio filho, Anthony Levy, de 4 anos, por não aceitar o fim do relacionamento com a mãe da criança iniciou na manhã desta quinta-feira (18). Durante a sessão, o réu confessou o envenenamento e chorou diante do juri, mas respondeu as perguntas apenas do promotor público e negou ser interrogado pelo promotor de justiça e pelo juiz.
O acusado afirmou que teria comprado o veneno, popularmente conhecido como chumbinho, para uso próprio. O promotor de justiça Flávio Costa defendeu que o réu fez agiu de forma planejada. “Ele se desloca ao Jacintinho e procura uma pessoa chamada José Galdino, que não está mais no meio de nós, em um mercadinho. Mas em depoimento, à época, José Galdino disse que o reconheceu como aquele cliente que passou o cartão de crédito e comprou o veneno. Por 13 reais ele comprou a morte do filho dele”, disse o promotor.
A diretora da unidade escolar onde Anthony estudava, Maria Suely Silva Santos, foi uma das testemunhas do caso. Emocionada, ela relatou os momentos em que o menino começou a passar mal em sala de aula.“O Anthony estava mal, trêmulo, mole. Quando cheguei, ele estava sentado no colo da professora porque não conseguia ficar em pé. Pensamos que era algo de saúde ou até fome. A professora disse que ele não tinha feito o desjejum. Saí para buscar comida e, quando voltei, ele já estava inconsciente. Nas câmeras vi uma pessoa muito má. Ele beijou o filho e, em seguida, jogou o pote com veneno no lixo, colocando em risco até outras crianças”, declarou Maria Suely.
Imagem: TNH1










