O número de pessoas mortas em ações da Polícia Militar caiu 25% no primeiro trimestre de 2025 em São Paulo, segundo dados oficiais. Foram 158 mortes registradas entre janeiro e março, contra 210 no mesmo período de 2024. A letalidade policial vinha em alta nos últimos anos, mas começou a recuar após o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) mudar sua postura em relação ao uso das câmeras corporais.
A queda não foi só entre civis. O número de policiais militares mortos também diminuiu pela metade: de 8 no primeiro trimestre de 2024 para 4 no mesmo período deste ano.
A mudança coincide com declarações de Tarcísio, que em dezembro de 2024 afirmou se arrepender da “postura reativa” que teve no início de seu mandato sobre as câmeras. “Percebi que elas ajudam o agente”, disse o governador, após casos graves de violência policial chocarem o país.
Especialistas em segurança pública apontam que a adesão da tropa às câmeras melhora quando há apoio claro do comando. Com a mudança de discurso do governador, policiais passaram a usar melhor o equipamento, o que contribuiu para reduzir a violência nas abordagens e proteger os próprios agentes.
Desde a implementação do programa “Olho Vivo”, em 2020, as mortes de PMs em serviço caíram 53,7% no estado. Entre 2017 e 2019, antes das câmeras, a média era de 13,6 mortes por ano. Entre 2021 e 2023, após a implementação, a média caiu para 6,3 mortes anuais.