Na tarde desta sexta-feira (15), um grupo de pessoas que protestavam contra a empresa mineradora Braskem foi surpreendido com uma ação judicial de interdito proibitório devido a manifestação nas proximidades da empresa. Na ação, a Braskem afirmou que a “iminência de turbação/esbulho a qualquer momento”, fazendo referência a “manifestadas evidências de ameaça e tumulto realizadas na Av. Major Cícero de Góes Monteiro”.
“Da ciência acerca das ameaças de moléstia da posse do canteiro industrial de propriedade da BRASKEM – interrupção do funcionamento das operações de backfilling das minas pelo fechamento dos acessos à base fabril das operações de recebimento de areia e combustível (rotas exclusivas), através da Av. Major Cícero de Góes Monteiro, indispensáveis ao cumprimento dos acordos socioambientais que envolvem o Plano de Fechamento de Mina aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM), com cronograma e acompanhamento rigoroso por parte dos órgãos públicos competentes (a exemplo do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Estado de Alagoas) – Prática reiterada. Possibilidade de consequências terríveis, inclusive ambientais, pois se trata de operação ininterrupta e com grande fluxo de pessoas”, diz trecho do argumento da empresa que consta na ação judicial.
Em resposta, o Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) alegou que a ação judicial da mineradora é injustificada, uma vez que as manifestações não visavam ameaçar ou tomar posse das propriedades alheias, mas sim reivindicar direitos.