O Brasil retornou à lista das 20 nações com maior número de crianças não imunizadas do mundo, ocupando a 17ª posição no ranking divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O país havia saído da lista em 2023 após avanços na cobertura vacinal, mas voltou a apresentar queda nos índices em 2024.
O levantamento utiliza como base a aplicação da DTP1, vacina que protege contra difteria, tétano e coqueluche. Esse imunizante é considerado um indicador do acesso aos serviços de vacinação de rotina e serve para identificar crianças que não receberam nenhuma dose – chamadas de “zero dose”. No mundo, mais de 14,3 milhões de crianças não tomaram qualquer vacina, e outras 5,7 milhões têm proteção parcial.
Em 2024, nenhuma das 17 vacinas monitoradas pela OMS e Unicef no Brasil atingiu a meta mínima de 90% de cobertura. A DTP teve cobertura de 89% com ao menos uma dose e 85% com o esquema completo. Apesar de um leve progresso global, quase 20 milhões de crianças perderam pelo menos uma dose da DTP neste ano, o que representa um aumento de 1,4 milhão em relação a 2019.
Segundo a OMS, os números indicam que o mundo está fora do ritmo necessário para cumprir as metas da Agenda de Imunização 2030. A entidade reforça que é preciso intensificar os esforços, especialmente em países como o Brasil, para garantir que crianças tenham acesso à vacinação completa e estejam protegidas contra doenças evitáveis.











