De 2019 para 2022, o trabalho infantil aumentou no Brasil. No ano passado, 1,881 milhão de criança e adolescentes entre 5 e 17 anos estavam em situação de trabalho infantil. O dado faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua sobre o Trabalho de Crianças e Adolescentes, divulgada nesta quarta-feira (20), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para classificar o trabalho infantil, o IBGE segue orientações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que o conceitua como “aquele que é perigoso e prejudicial para a saúde e desenvolvimento mental, físico, social ou moral das crianças e que interfere na sua escolarização”. Também estão incluídas atividades informais e com jornadas excessivas.
Em 2022, entre aqueles que estavam em trabalho infantil, 1,4 milhão realizavam atividades econômicas, enquanto 467 mil produziam para consumo próprio. As atividades econômicas envolvem algum trabalho na semana que seja remunerado com dinheiro, produtos/mercadoria ou, ainda, sem remuneração. Enquanto as atividades de consumo próprio são o cultivo, a pesca, a caça, a criação de animais, ou construção e reparos no próprio domicílio.