O candidato Guilherme Boulos (PSOL) recebeu R$ 668 mil em doações de pessoas físicas para bancar parte de sua campanha deste ano na Prefeitura de São Paulo. Do valor, 90% (R$ 600 mil) foi enviado de quatro herdeiras de instituições bancárias.
A legislação permite que esses repasses sejam efetuados, porém o estatuto do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) veta receber doações financeiras oriundas, direta ou indiretamente, de bancos ou instituições financeiras.
“Não serão aceitas contribuições e doações financeiras provindas, direta ou indiretamente, de empresas multinacionais, de empreiteiras e de bancos ou instituições financeiras nacionais e/ou estrangeiros”, diz um trecho do artigo 71.
Os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até terça-feira (22), mostram que Boulos obteve R$ 550 mil com doações de três irmãs da família Moreau. As irmãs são herdeiras do extinto Banco da Bahia, que atualmente é o Bocom BBM. A campanha recebeu também uma doação de R$ 50 mil da escritora Beatriz Bracher, que é filha de Fernão Bracher, fundador do banco BBA Creditanstalt.
*Com Folha de S.Paulo
