A perícia médica realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro apresenta hérnia inguinal bilateral e necessita de cirurgia para tratamento. Apesar do diagnóstico, os peritos afirmaram que não há indicação de procedimento em caráter de urgência ou emergência, segundo os laudos analisados.
A hérnia inguinal ocorre quando tecidos do abdômen se projetam por um ponto de fraqueza da parede muscular na região da virilha, podendo causar inchaço, dor ou desconforto, especialmente durante esforço físico. Quando atinge os dois lados, é classificada como bilateral. O relatório também avaliou os episódios de soluço relatados por Bolsonaro e indicou que o bloqueio do nervo frênico é uma medida tecnicamente adequada, devendo ser realizado o quanto antes, por se tratar de um procedimento usado em casos de soluços persistentes com impacto clínico.
O tratamento da hérnia pode ser feito por videolaparoscopia ou por cirurgia aberta. Ambas as técnicas consistem em recolocar o intestino na cavidade abdominal e reforçar a parede enfraquecida, geralmente com o uso de uma tela. Em casos mais complexos, como em pacientes submetidos a múltiplas cirurgias anteriores, a cirurgia aberta pode ser a opção mais indicada. Especialistas apontam que hérnia inguinal e soluços não têm relação direta, sendo os episódios de soluço mais associados a alterações no estômago, no diafragma ou a condições como refluxo gastroesofágico.













