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Bolsa de Valores Brasileira aponta aumento de 131% em investimentos de alagoanos

Dados da Bolsa de Valores brasileira (B3) evidenciam um crescimento de 131% no número de alagoanos que investem na Bolsa. Os números mostram um crescimento de 2019 até junho deste ano. Segundo o levantamento, alagoanos já investiram cerca de R$1,2 bilhão em junho deste ano. Em dezembro de 2019, eram R$525,5 milhões. Os números mostram que o estado fechou o primeiro semestre deste ano com 40.532 investidores. Em dezembro de 2019 eram 8.911. Quando analisados os dados por faixa etária, os jovens entre 25 e 39 anos são maioria entre os investidores. No entanto, é entre 39 e 59 anos que está o maior volume investido.

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Um grupo que chama a atenção é o de crianças e adolescentes que investem. Em Alagoas, esse grupo saltou de 48 em 2019 para 388 em junho deste ano. Já o valor investido saiu de R$641.655 para R$2,3 milhões. O diretor de Relacionamento com Clientes e Pessoas Físicas da B3, Felipe Paiva, explica que investir é um hábito que vem, aos poucos, ganhando cada vez mais adeptos no Brasil. “Vimos o número de investidores em produtos de renda variável crescer exponencialmente nos últimos 6 anos. Saímos de 600 mil, em 2017, para 5,3 milhões atualmente. Somando investidores de renda fixa e variável, temos 18,8 milhões de investidores no Brasil. Os números são significativos, mas ainda há espaço para crescer”, detalha.

Segundo o diretor, em países em que a cultura de investimentos é mais consolidada, são registrados números muito maiores e um hábito de começar muito cedo. “Não é raro que pais, padrinhos, presenteiem bebês e crianças com investimentos e isso faz um bem enorme para a saúde financeira daquele futuro adulto. Porque as crianças têm o tempo a seu favor. Um pequeno valor investido hoje, gerando rentabilidade e acumulando o efeito dos juros sobre juros gera um valor considerável no futuro a partir de um esforço pequeno”, explica.

Ele explica que R$100, R$200 por mês, que aplicados em produtos do mercado financeiro por 20, 30 anos, podem gerar recursos suficientes para abrir um negócio, fazer uma faculdade, um intercâmbio, dar entrada num imóvel e outras possibilidades.

Segundo análise da B3, o patamar elevado da taxa Selic nos últimos 12 meses fez aumentar o volume investido, principalmente em produtos de renda fixa. Já tem quase R$1,8 trilhão no encerramento do primeiro trimestre de 2023, alta de 42% em relação ao mesmo período do ano passado.

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