O banco Crefisa enfrenta uma série de condenações da Justiça paulista nas últimas semanas, totalizando pelo menos dez sentenças. Os casos envolvem a cobrança de juros considerados abusivos de pessoas idosas. De acordo com as decisões, as taxas de juros cobradas chegaram a surpreendentes 987,22%.
Entre os casos julgados, está o do aposentado N.S., de 70 anos, que assinou um contrato de empréstimo em 2017. Ele alega que a taxa de juros de 987,22% ao ano era impossível de ser quitada, dada sua condição financeira. Outro cliente, R.A., de 63 anos, fez 24 contratos com taxas variando de 333,45% a 987,22% ao ano, enfrentando dificuldades para pagar suas dívidas. Além disso, a viúva R.S., de 67 anos, também entrou com um processo após empréstimo com uma taxa de 837,23% ao ano.
Em resposta às condenações, a Crefisa argumentou que suas práticas estão em conformidade com a lei e que seus clientes são plenamente capazes de entender os termos dos contratos. O banco afirmou que atende a uma parcela da população com restrição de crédito, proporcionando oportunidades de empréstimo que não estariam disponíveis em bancos convencionais. A Crefisa ainda pode recorrer das decisões, enquanto as sentenças levantam debates sobre a ética das práticas bancárias e a proteção dos consumidores mais vulneráveis.