Foi condenado a 18 anos e nove meses de prisão em regime fechado o homem acusado de matar, em Arapiraca, uma jovem que atuava como garota de programa. O júri aconteceu nesta terça-feira (08). Para o Ministério Público Estadual, José de Farias Silva agiu friamente, cometendo um crime bárbaro contra Thalia Borges de Araújo, assassinada porque se recusou a atender o réu em horário fora do combinado.
Durante os debates, o promotor de Justiça Ivaldo Silva rebateu qualquer tentativa de se fragilizar a imagem da vítima, comprovando que o réu se utilizou da condição de homem para descarregar sua fúria por não ter sido atendido.
“O Ministério Público foi ao júri para defender uma mulher assassinada brutalmente, simplesmente porque um homem, que se colocou como cliente, não aceitou a demora para ser atendido. Há provas de mensagens dele forçando o encontro antecipado, mesmo com a vítima já tendo dito quando estaria disponível. Ele passou uma tarde inteira incomodando e, inconformado, foi ao local onde ela estava, golpeando-a com seis facadas”, declarou o promotor.
Após a leitura da sentença, o réu foi levado ao sistema prisional. Além da pena, ele também terá de pagar R$ 15 mil ao filho de Thalita Borges, hoje com 13 anos.
O caso
Vítima e réu teriam se conhecido no dia 3 de fevereiro de 2023, por meio de um site de garotas de programa. José agendou um encontro de uma hora, com o valor estabelecido em R$ 250,00. Fechado o acordo, Thalita Borges informou o local do encontro ao assassino, que insistiu em ser atendido antes do horário marcado, mesmo tendo sido avisado que não seria possível.
Inconformado, o réu, sem avisar, dirigiu-se até o imóvel onde Thalita se encontrava e, lá, mais uma vez, foi informado de que, naquele momento, ela não poderia atendê-lo. Fingindo entender, ele disse para a vítima que retornaria mais tarde, o que ocorreu 20 minutos depois, quando obteve a mesma resposta.
Sentindo-se ignorado, ele retornou à casa, localizada à Rua Estudante Joseane Lima, no bairro Cacimbas, Arapiraca, e cometeu o crime.
