O empresário Pablo Marçal (PRTB), candidato à prefeitura de São Paulo, já soma mais de 2 milhões de seguidores nas “contas reservas” que criou após a suspensão de seus perfis oficiais nas redes sociais, determinada pela Justiça eleitoral no sábado.
A decisão de suspender de forma liminar (temporária) as contas de Marçal atendeu a uma ação movida pelo PSB, de Tabata Amaral, e cabe recurso ao TRE-SP. No sábado, Marçal afirmou que recorreria da determinação.
Em junho, uma reportagem do GLOBO revelou que o empresário turbina a audiência nas redes sociais com promessa de ganhos financeiros a apoiadores. A prática motivou ações do PSB e do Ministério Público Eleitoral pela suspensão da candidatura, alegando suposto abuso de poder econômico.
Até o início da tarde de domingo, Instagram e TikTok tinham suspendido as contas de Marçal. A decisão atinge ainda o YouTube, o X e o Discord, mas as empresas só precisam executar a suspensão após serem notificadas.
Desde sábado, Marçal e seus apoiadores têm pedido que os seguidores migrem para “contas reservas”. A ideia é que, mesmo se o ele não conseguir reverter a decisão, ou se a restrição for expandida, Marçal mantenha uma presença digital, seu principal meio de comunicação, já que o candidato ficará de fora do horário eleitoral gratuito na Rádio e TV.
Em visita a uma feira livre, neste domingo, Marçal afirmou que a suspensão de suas contas de redes socais se deveria a um desconhecimento do judiciário eleitoral sobre o tema.
— Eu acredito que a Justiça Eleitoral está aprendendo a mexer com rede social agora. Meu respeito ao juiz que acabou fazendo isso, entendi o lado dele. Eles não sabem ainda mexer com redes sociais — afirmou Marçal, em ato de campanha em uma feira livre na região do Jaguaré, Zona Oeste de São Paulo, neste domingo.
— Eles (a justiça) pegaram a matéria de um jornal e argumentaram em cima da matéria de um jornal. Vou ser benevolente com o juiz que acatou isso. O judiciário não entende o que está acontecendo — afirmou o candidato.
Segundo Marçal, o campeonato de cortes que era realizado no Discord e que foi o motivo da suspensão das contas “foi encerrado antes da eleição”.
Fonte: O Globo