Candidato ao sétimo mandato na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, o vereador Carlos Bolsonaro (PL) afirmou, por meio de suas redes sociais, nesta quinta-feira, 22, que “consideraria Marina Helena (Novo) como uma possibilidade de voto” na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
A declaração causou a ira do candidato Pablo Marçal (PRTB), declarou durante uma coletiva , na entrega do Prêmio Legado Visionário, sexta-feira (22), que Carlos é um “retardado mental” e “imbecil”. “O Carlos que tem problema comigo. Eu tento preservar o Carlos, mas ele é um retardado mental, um cara que não tem um escrúpulo, mas pelo presidente eu vou relevar”, disse.
Marçal e Carlos trocam farpas sobre quem seria o responsável pela derrota de Jair Bolsonaro no ano de 2022 ao cargo de presidente, quando Bolsonaro foi derrotado por Lila (PT). Segundo Marçal o ex-presidente teria perdido a disputa em razão da ingerência de Carlos na campanha do pai: “O Carlos, de forma imbecil, foi quem atrapalhou. Eu sempre poupei ele pelo capitão, mas agora, como ele está se mancomunando com vários canalhas para me atacar… é eleição que nem diz respeito a eles”.
Após os ataques, Carlos afirmou pelo X, que pretende acionar a Justiça contra Marçal por crimes contra honra, difamação e injúria.
Não é a primeira vez que Carlos se posiciona contra Marçal. No dia 14 de agosto, o vereador do Rio criticou o ex-coach por “passar pano” para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Marçal criticou a repercussão de conversas entre um juiz auxiliar de Moraes e um funcionário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que evidenciou o uso da Corte Eleitoral, fora do rito, para embasar investigações contra aliados do ex-presidente.
Como mostrou o Estadão, o desempenho de Marçal nas pesquisas e nas redes sociais provocou um temor entre bolsonaristas de que ele pode atrapalhar os planos do grupo para a eleição ao Senado. A avaliação é que o ex-coach busca utilizar o pleito municipal para se cacifar como postulante a uma das duas vagas que estarão em disputa em 2026. A aliados, Marçal tem dito que seu foco é o Executivo e que não deseja ser senador.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também atacou Marçal nesta semana depois que ele desmarcou uma entrevista com o comunicador Paulo Figueiredo, chamando-o de “arregão”. O filho do ex-presidente também gravou uma série de vídeos ao lado de Nunes, com o objetivo de reforçar que o emedebista é o candidato da família Bolsonaro e compartilha os valores do bolsonarismo.
*Da Redação, com Estadão