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O ministro Cristiano Zanin Martins, presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou atrás e autorizou o uso de celulares durante o julgamento desta terça-feira (6) que trata do chamado “núcleo da desinformação” da trama golpista. A decisão ocorre após protestos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que criticou duramente a medida adotada anteriormente pelo magistrado.
No mês passado, durante a sessão que recebeu a denúncia contra o núcleo de “gerenciamento de ações” da suposta tentativa de golpe, advogados, jornalistas, réus e até o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) foram obrigados a lacrar seus aparelhos celulares antes de entrar no auditório. Os dispositivos foram colocados em envelopes lacrados, sem possibilidade de acesso durante a sessão, uma ação inédita na história da Corte.
Após a manifestação da OAB, que considerou a medida desproporcional e uma violação ao direito de defesa e à liberdade de imprensa, Zanin afirmou que a restrição havia sido “excepcional” e decidida em “consenso” com os demais ministros da Primeira Turma. O recuo, no entanto, sinaliza uma resposta direta à pressão institucional para preservar garantias fundamentais no curso do julgamento.
