10 de dezembro de 2025
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Apesar de raro, homens também podem ter câncer de mama e casos chegam até 750 por ano

O câncer de mama é o principal tipo de câncer que acomete as mulheres, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Entretanto, o que pouca gente sabe é que esse tipo de tumor também pode se desenvolver em homens. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que 1% dos casos da doença ocorrem em homens, o que corresponde a cerca de 750 casos por ano no Brasil.

No entanto, a falta de informação sobre a doença e os sinais de alerta podem levar a diagnósticos em estágios tardios, quando o tratamento é mais difícil. Dados do DataSUS mostram que, nos últimos cinco anos, o Brasil registrou uma média de 230 mortes anuais por câncer de mama em homens.

Como não há recomendação para rastreio de câncer de mama em homens, nos moldes das diretrizes para mulheres, é importante estar atento aos sinais da doença. Os principais são: surgimento de nódulo na mama, saída de secreção pelo mamilo, alteração do formato da mama, retração do mamilo, alterações no formato e na pele na região.
“Nos homens, como a mama é hipodesenvolvida, é até mais fácil de palpar um caroço e perceber essas alterações. Outro ponto de atenção é a axila. Muitas vezes, o nódulo aparece nessa região” diz o cirurgião oncológico e mastologista Juliano Rodrigue da Cunha, diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).

Não está claro o que causa o câncer de mama masculino. No entanto, existem fatores que aumentam o risco para a doença. Eles incluem envelhecimento, histórico familiar, mutações genéticas, além de fatores associados ao estilo de vida, como ingestão de bebida alcoólica e obesidade.

Normalmente, a doença é mais comum em homens acima dos 60 anos – embora possa aparecer em qualquer fase da vida – e pode ser mais frequente em homens cujas famílias apresentam muitos casos de câncer de mama (mesmo que em mulheres) e ovário. Entre as mutações que aumentam o risco da doença, estão a dos genes BRCA1 e 2.