A Central Estadual de Transplantes de Alagoas registrou, de janeiro até julho de 2024, 14 doações de múltiplos órgãos. O número é 100% maior que o mesmo período de 2023, quando foram realizadas sete doações. Conforme os dados, Alagoas já realizou 79 transplantes e disponibilizou 22 órgãos para outros estados neste ano. Entre os órgãos transplantados, foram 72 córneas, quatro fígados e três rins.
“Comunicar aos familiares sobre o desejo de ser um doador é extremamente importante, porque somente a família pode autorizar a doação. A legislação brasileira ainda não permite que seja válido deixar isso por escrito e, se a família não autorizar, será respeitado o direito dos familiares”, destaca a coordenadora da Central Estadual de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos.
Daniela também explica que, só após o diagnóstico de morte encefálica, prescrito na resolução 2.173 do Conselho Federal de Medicina (CFM), os médicos procuram a família e pedem a autorização para a doação dos órgãos. “A doação de órgãos, de múltiplos órgãos, só acontece quando há diagnóstico de morte encefálica, ou seja, quando a morte é comprovada por meio de alguns exames, que são realizados em três etapas”, ressalta.
*Com informações do Acta.