Uma crítica que tem sido feita à primeira dama do Brasil, Janja, em relação à tragédia que assola o Rio Grande do Sul é que no final de semana que foi o ápice das enchentes ela preferiu assistir ao show da Madona, no Rio de Janeiro, a molhar os pés em terras gaúchas. A partir daí, passou a ocupar as redes sociais com postagens inócuas, ao invés de prestar solidariedade presencial.
Postura semelhante adotou Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, como avalia a jornalista Madeleine Lackso: “A estratégia de comunicação nas redes sociais da primeira-dama Janja durante as enchentes no Rio Grande do Sul tem um erro significativo: a reivindicação de um protagonismo indevido. A presença dela nas redes é ostensiva, mas carece de substância e eficácia.
A comunicação de Janja nas redes sociais gira em torno de sua própria figura. Os vídeos e postagens parecem ter como principal objetivo mostrar que ela estava presente no local. Mas a presença, por si só, não constitui ajuda efetiva. Em contraste, outros políticos, como o presidente Lula, o governador Eduardo Leite e vários prefeitos, apareceram nas postagens realizando trabalhos concretos. As postagens deles não são sobre estar lá, mas sobre o que estavam fazendo.
Um paralelo interessante pode ser traçado com Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente. Ele também usou a tragédia das enchentes para se promover nas redes sociais, postando sobre sua presença no local, sem que ficasse claro o que exatamente estava fazendo para ajudar. A semelhança entre os estilos de comunicação de Janja e Carlos Bolsonaro destaca um problema comum: a preferência pela aparência de ação sobre a ação real. Os dois até podem ter ajudado e não apenas acompanhado a ajuda já feita por terceiros ou pelo governo. Pelas postagens, no entanto, não é possível saber disso.”
Fonte – Blog do Flávio Gomes de Barros