O chefe interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, defendeu neste sábado (29) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ironizou os recentes episódios de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-ministro Anderson Torres.
“O presidente Lula enfrentou um processo de exceção e 580 dias de uma reclusão infame, sempre de espinha ereta e cabeça erguida. Jamais alegou que fez algo porque estava ‘doidão’ ou que esqueceu suas senhas em função de um ‘surto psiquiátrico’. Isso, sim, é Força e Honra”, declarou o ministro interino.
Capelli faz referência ao depoimento de Bolsonaro prestado à Polícia Federal (PF), quando o ex-presidente afirmou que estava sob efeito de morfina quando compartilhou vídeo contra o sistema eleitoral.
Ele também ironiza o pedido da defesa de Anderson Torres, para ser avaliado sobre a necessidade e as condições de transferência do ex-ministro da Justiça ao hospital psiquiátrico do Complexo Prisional da Papuda, no Distrito Federal (DF).
Torres tinha oitiva marcada como declarante no inquérito que investiga as ações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições, que prejudicou o fluxo de eleitores, sobretudo na região Nordeste. Na segunda-feira (24), a PF decidiu adiar o seu depoimento.
A defesa apontou problemas de saúde para solicitar o adiamento, dizendo que ele sofreu uma “drástica piora” em seu quadro, que estaria prejudicando seu estado emocional e cognitivo. Por causa disso, Anderson perdeu muito peso e está precisando tomar medicamentos.
Torres está preso preventivamente desde 14 de janeiro, por suspeito de omissão e convivência com os ataques criminosos que destruíram prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro. Na data ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, mas estava em viagem com a família para os Estados Unidos. Ao ser preso no Brasil, ele alegou que perdeu o aparelho celular durante a viagem.