Durante a sessão plenária realizada nesta quarta-feira (4), vereadores da Câmara Municipal de Novo Lino (AL) acusaram a prefeita Marcela Gomes de adotar medidas autoritárias para tentar impedir o avanço de fiscalizações sobre a Secretaria Municipal de Educação. As críticas partiram especialmente dos vereadores David Rafael, Deval, Jânio de Sabino e Miron Santos, que cobraram mais transparência e respeito à atuação do Legislativo.
Segundo os parlamentares, a gestora teria convocado uma reunião emergencial com servidores da educação para pressioná-los a se posicionarem contra os vereadores, sob o argumento de que uma “fiscalização excessiva” poderia provocar demissões em massa entre os contratados. A denúncia inclui ainda o suposto aval do secretário de Educação para a condução da reunião, em um tom classificado como “arrogante e prepotente” por parte dos vereadores.
Segundo os vereadores, Marcela Gomes teria dito, em tom desafiador, que não responderia mais aos requerimentos da Câmara, alegando que suas prestações de contas são feitas apenas ao Tribunal de Contas. A fala foi interpretada pelos legisladores como um sinal de desrespeito ao papel fiscalizador do Legislativo municipal e um atentado à transparência da gestão pública.
As tensões se intensificaram após relatos de que a gestão municipal teria coagido servidores a participarem de uma passeata em apoio à prefeita, sob ameaça de demissão, no contexto de um impasse sobre o reajuste salarial da categoria. Enquanto a Câmara defendia um aumento de 10% para os trabalhadores da educação, a gestão propôs 7% sem, segundo os parlamentares, apresentar cálculos de impacto financeiro que justificassem a decisão.
Para os vereadores que se posicionaram de forma mais contundente, a prefeita estaria se esquivando das suas responsabilidades perante a população de Novo Lino. Eles afirmam que as denúncias já foram encaminhadas a órgãos competentes e esperam que providências sejam tomadas.
