A oposição ainda não chegou a um consenso sobre os pedidos de impeachment do presidente Lula, protocolados na Câmara dos Deputados após o escândalo envolvendo o INSS. Apesar de o tema ganhar força entre bolsonaristas, parte da ala conservadora avalia que um afastamento agora poderia ter efeitos políticos indesejáveis, já que a próxima eleição presidencial acontece em 2026.
Para líderes como Sóstenes Cavalcanti, do PL, o impeachment resultaria apenas na troca de Lula por Geraldo Alckmin, algo que ele define como “mais do mesmo”. A estratégia preferida, segundo aliados de Bolsonaro, seria desgastar o governo gradualmente, mantendo o foco na pauta da anistia e economizando munição para a disputa eleitoral.
No entanto, há quem defenda abertamente a interrupção do mandato. O deputado Zucco (PL), líder da oposição, afirma ser favorável ao impeachment “com certeza”. Ainda assim, o processo depende de decisão do presidente da Câmara e do apoio de 342 deputados para ser aberto, além de posterior julgamento no Senado. Por enquanto, o tema segue mais como pressão política do que como uma ameaça concreta ao governo.