Duas pessoas que viviam em condições análogas à escravidão foram resgatadas depois de uma operação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Uma denúncia foi feita e, ao chegarem no local, constaram a veracidade da situação, com sinais de trabalho forçado, cárcere privado, exploração sexual e violência física e psicológica.
O fato ocorreu na cidade de Planura, em Minas Gerais. Um dos resgatados foi obrigado a fazer uma tatuagem nas costelas com as iniciais dos patrões. Ele trabalhava há nove anos como empregado doméstico, não tinha carteira assinada e sofreu diversos tipos de violência nos últimos anos.
Os dois trabalhadores são uruguaios, um homem homossexual e uma mulher transgênero, em situação de vulnerabilidade econômica. Eles foram aliciados pelas redes sociais, sob a promessa de encontrar um ambiente acolhedor, com boas condições de trabalho e moradia. O foco era encontrar pessoas da comunidade LGBTQIAPN+, a fim de estabelecer vínculos de confiança.
Os patrões suspeitos seriam um contador, um administrador e um professor, que formam um trisal. A Polícia Federal prendeu os três em flagrante.