MACEIÓ – O Carnaval passou, mas o que ficou para muitos maceioenses não foram apenas as lembranças da folia, e sim um mar de dívidas que parece não ter fim! A mais recente Pesquisa do Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pelo Instituto Fecomércio AL e pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), revelou números alarmantes e desesperadores: o endividamento aumentou 2,3% em fevereiro e a inadimplência subiu assustadores 7,6%!
Se compararmos com o ano passado, o cenário é ainda mais catastrófico. O número de endividados explodiu em 29,2%, e a quantidade de contas em atraso saltou para incríveis 43,9%. Ou seja, quase metade dos consumidores está com as contas atrasadas!
Mas o que está por trás desse verdadeiro colapso financeiro? Inflação galopante, juros exorbitantes e a economia andando em marcha lenta! Os maceioenses recorrem ao crédito para sobreviver, mas acabam se afundando ainda mais em dívidas impagáveis.
UM CAMINHO SEM VOLTA? FAMÍLIAS LUTAM PARA SOBREVIVER ÀS DÍVIDAS!
A pesquisa revelou um dado estarrecedor: as famílias de Maceió ficam, em média, 66 dias com contas em atraso e levam até 30 semanas para conseguir pagar suas dívidas. Isso significa que muitos maceioenses passam mais da metade do ano tentando se livrar do vermelho, sem sucesso!
E não para por aí! Quase 50% das famílias precisam de mais de seis meses para quitar seus débitos, e 8,1% passam mais de um ano presas em um ciclo interminável de inadimplência.
E o que mais pesa nos bolsos? O vilão é o cartão de crédito, responsável por 98,4% das dívidas. Isso mesmo, quase todos os endividados estão reféns desse meio de pagamento, que tem os juros mais altos do mercado. Muitos entram no rotativo sem perceber e, quando veem, estão devendo o dobro ou o triplo do que gastaram originalmente!
O ABISMO FINANCEIRO: QUEM MAIS SOFRE?
O cenário é ainda mais cruel para as famílias que ganham até 10 salários-mínimos, onde o endividamento disparou 4,3% só em fevereiro. O crédito fácil se transforma em uma armadilha mortal, e quando percebem, estão presos em um pesadelo sem fim.
Mas o dado mais alarmante foi o aumento no endividamento das famílias de alta renda (acima de 10 salários-mínimos). Embora pareça um percentual menor (2,4%), o número dobrou em relação a janeiro. Isso significa que nem mesmo os mais ricos estão conseguindo manter seus padrões de consumo sem se endividar!
E tem mais: o endividamento está crescendo mais rápido que o consumo, ou seja, as pessoas estão pegando dinheiro emprestado não para investir, mas para sobreviver. Um sinal desesperador de que a economia está à beira do colapso!
“MEU SALÁRIO NÃO SOBRA PARA NADA!”: A ANGÚSTIA DO CONSUMIDOR
Os números mostram o que muitos já sentem na pele: quase 30% da renda das famílias de Maceió está comprometida com dívidas. Isso significa que, para milhões de pessoas, pagar contas se tornou um pesadelo diário!
Entre os endividados:
• 83,5% comprometem entre 11% e 50% da renda com dívidas.
• 4,9% já ultrapassaram a marca dos 50% – ou seja, metade do que ganham vai direto para pagar juros e parcelas!
E pior: quanto mais tempo demoram para pagar, mais as dívidas crescem, se tornando praticamente impagáveis! O que começa com uma pequena parcela se transforma em uma bola de neve gigante, sufocando qualquer chance de recuperação financeira.
HÁ SAÍDA PARA ESSE CAOS FINANCEIRO?
Se essa tendência continuar, Maceió pode enfrentar um verdadeiro colapso no consumo e na economia local. Com cada vez mais famílias inadimplentes, o comércio pode sentir o baque, aumentando o risco de falências e desemprego.
A inflação dos serviços e os juros altos estão atingindo até as classes mais altas. O crédito está caro, e a população está se endividando para manter o padrão de vida. Se não houver uma reversão dessa tendência, teremos sérios problemas econômicos.
Mas então, como sair desse pesadelo financeiro? Como economista posso recomendar esses passos simples:
Evitar o crédito rotativo do cartão a qualquer custo!
Renegociar dívidas o quanto antes, antes que os juros as tornem impagáveis!
Criar um orçamento rígido e cortar gastos supérfluos!
Procurar programas de renegociação e educação financeira!
Contudo, o cenário é muito grave e pede ação imediata. Caso contrário, cada vez mais maceioenses poderão se tornar reféns de um ciclo interminável de dívidas e inadimplência!
E você? Sua família também está sentindo o peso das dívidas? Comente e compartilhe sua experiência!