A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) interpôs recurso ao Tribunal de Justiça (TJ/AL), na última semana, solicitando a condenação do Estado de Alagoas, quanto ao caso de uma jovem que ficou infértil, em razão de erro médico; o Estado deve ser condenado a pagar indenização por danos materiais e à assegurar a realização de procedimento de inseminação artificial para a vítima. A apelação adesiva foi interposta pela Defensora Pública de Delmiro Gouveia, Daniela Figueira Armindo.
No último mês, a instituição obteve uma decisão que garatia a vítima o pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 63.040,00, porém o Estado entrou com recurso, que ainda aguarda apreciação.
O episódio em questão ocorreu em 2015, aonde a jovem de 25 anos optou por fazer acompanhamento com um médico particular para sua primeira gravidez. Dias antes do parto, o médico recomendou que a jovem realizasse uma cesárea, pois o bebê estaria “grande demais”.
o procedimento foi marcado na Unidade Mista de Emergência Dr. Antenor Serpa, no município de Delmiro Gouveia. no dia do parto a jovem relata que o médico responsável parecia distraído. Durante o procedimento, a vítima afirma que havia percebido que algo parecia errado, ela questionou o médico, que apenas disse estar tudo bem.
A verdade veio à tona quando a jovem foi retirar os pontos e uma enfermeira da unidade de saúde contou que o médico teria se “confundido e realizado uma laqueadura na vítima. Após confirmar que havia sofrido uma laqueadura sem permissão, ela tentou reverter o procedimento, porém não obteve sucesso e recebeu a notícia, em 2017, de que estava definitivamente infértil.