O pagamento do Auxílio-Reclusão atingiu, nos dois primeiros anos do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o menor nível da última década. Em 2023 e 2024, o governo destinou R$ 591 milhões ao benefício, valor que representa pouco mais da metade do gasto nos primeiros dois anos do governo Jair Bolsonaro, que somou R$ 1 bilhão.
A redução também se reflete no número de beneficiários. Em 2015, cerca de 44 mil presos receberam o auxílio anualmente, enquanto em 2024 esse número caiu para 14,9 mil – uma queda de 66%. Esse total corresponde a apenas 1,6% da população carcerária do país, atualmente com 888 mil pessoas.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) reajustou o valor do benefício em 2024, seguindo a variação do INPC, elevando o teto do Auxílio-Reclusão de R$ 1.412 para R$ 1.518. No entanto, segundo o Ministério da Previdência Social, a redução dos pagamentos é reflexo das mudanças na legislação do benefício feitas em 2019, durante o governo Bolsonaro.