Carne submersa em enchente foi revendida para consumo humano; quatro pessoas foram presas

Quatro pessoas foram presas em flagrante, no Rio de Janeiro, acusadas de comprar e revender carnes que ficaram submersas por vários dias durante a enchente de Porto Alegre (RS) em 2024, desastre que ocasionou a morte de mais de 200 pessoas e causou diversos desaparecimentos. No momento da prisão, efetuada pela Delegacia do Consumidor (Decon-RJ), os agentes também encontraram carnes vencidas e estragadas.

PUBLICIDADE


Segundo as investigações, a empresa Tem Di Tudo Salvados, de Três Rios, comprou 800 toneladas de proteína animal deteriorada pela enchente e revendeu para consumo humano. No momento da compra, a empresa informou que utilizaria o material para fazer ração animal. A Tem Di Tudo é autorizada a reaproveitar produtos vencidos, e os acusados usaram essa permissão para iniciar o esquema criminoso. A mercadoria, avaliada em R$ 5 milhões, foi arrematada pela empresa por R$ 80 mil devido aos danos causados pela enchente.

“Até onde sabemos pelas investigações, a carne foi transportada para diversos outros compradores, que desconheciam a procedência. Foram 32 carretas que saíram do Sul para diversos destinos no Brasil”, explicou o delegado responsável, Wellington Vieira, completando em seguida: “Todas as pessoas que consumiram essa carne correram risco de vida. Quando uma mercadoria fica submersa, adquire características e condições que representam risco iminente à saúde”.

Todos os direitos reservados