Para os profissionais que encarnam Papai Noel em shoppings, lojas e eventos, janeiro é sinônimo de guardar os trajes vermelhos e retomar as atividades habituais. Em Belo Horizonte e região metropolitana, mais de 20 “bons velhinhos” fazem parte da Associação dos Papais Noéis, sendo a maioria formada por aposentados que complementam a renda no período natalino.
Valter Domingos, de 72 anos, acumula duas décadas interpretando o ícone do Natal, mas sua principal ocupação é como artesão. Ele produz itens como gaiolas e churrasqueiras em um pequeno depósito em casa. “Aviso minha clientela em novembro que farei uma pausa para ser Papai Noel”, conta ele, que usa a renda extra para cobrir despesas não atendidas pela aposentadoria.
Com a barba aparada e o visual reformulado, Valter já planeja voltar ao trabalho artesanal, mas em abril iniciará os preparativos para a próxima temporada natalina, mantendo viva uma tradição que também representa uma importante fonte de sustento.