Solidão pode aumentar risco de doenças cardíacas e derrame, diz estudo

Um estudo publicado nesta sexta-feira (3), na revista Nature Human Behavior, revelou que a solidão está associada a uma saúde mais frágil e a um risco maior de morte precoce. A pesquisa foi conduzida por cientistas do Reino Unido e da China, que analisaram amostras de sangue de mais de 42 mil adultos, com idades entre 40 e 69 anos, participantes do UK Biobank, um grande banco de dados de saúde.

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Os pesquisadores investigaram quais proteínas estavam em níveis elevados em pessoas socialmente isoladas ou que se sentiam solitárias, além de como essas moléculas estavam relacionadas a problemas de saúde. O isolamento social foi definido como viver sozinho, ter poucas interações sociais e participar menos de atividades em grupo. Já a solidão foi caracterizada como o sentimento de se sentir sozinho.

Com base nisso, os cientistas calcularam índices de isolamento social e solidão para cada participante. Após ajustar os resultados para fatores como idade, sexo e condições socioeconômicas, identificaram 175 proteínas ligadas ao isolamento social e 26 à solidão. Muitas dessas proteínas estão relacionadas a processos inflamatórios e infecções virais, além de serem associadas a doenças como diabetes tipo 2, problemas cardiovasculares, derrames e morte precoce.

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