O real enfrenta um dos momentos mais delicados desde o início dos anos 2000, com uma desvalorização acumulada de 21,52% apenas em 2024, segundo o índice Ptax. Este desempenho coloca a moeda brasileira no quinto pior lugar entre os últimos 24 anos, reforçando sinais de fragilidade econômica e desconfiança dos mercados.
A cotação do dólar chegou a R$ 6,26 nesta quarta-feira (18), impulsionada pelo agravamento das contas públicas e pela incapacidade do governo de apresentar medidas fiscais robustas para conter o avanço do déficit. Este cenário interno, somado à queda dos juros nos Estados Unidos, tem pressionado ainda mais a moeda nacional.
O impacto é comparável ao de momentos históricos de instabilidade, como 2002, quando o real sofreu sua maior desvalorização anual, de 34,33%, em meio à incerteza eleitoral. Agora, a perda de credibilidade fiscal reforça a percepção de risco e eleva os desafios para o governo, enquanto o real continua a perder terreno no cenário internacional.








