Cinco policiais militares acusados de envolvimento no desaparecimento e morte de Jonas Seixas da Silva, um servente de pedreiro sequestrado em outubro de 2020, enfrentam júri popular em Maceió a partir desta quarta-feira (13). O julgamento, realizado no Fórum do Barro Duro, deve se estender até quinta-feira e contará com depoimentos de onze testemunhas.
De acordo com a investigação, Jonas foi abordado durante uma operação policial no bairro Jacintinho, onde, mesmo sem qualquer material ilícito, foi levado à força, sofrendo agressões dentro da viatura. Ele teria sido levado a uma área de mata e, segundo a denúncia, morto para que os agentes encobrissem o crime de tortura. O corpo de Jonas nunca foi encontrado, e sua família realizou diversas buscas e manifestações em busca de justiça.
A defesa da família, representada pelo advogado Arthur Lira, apresenta provas técnicas que indicam o envolvimento dos policiais, como áudios e dados de GPS. Lira defende que os réus sejam condenados por sequestro qualificado, tortura, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, afirmando que o caso evidencia uma grave violência policial.