As alterações recentes na Lei de Promoções da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Alagoas têm gerado polêmica entre praças e oficiais. Mesmo aqueles que serão favorecidos pelas novas regras sentem que as mudanças promovem mais benefícios a um grupo específico e reforçam a influência de nomes já presentes no comando. Para muitos, essas alterações refletem uma formação de comando que poderá ficar em dívida com as lideranças atuais, comprometendo a imparcialidade e a renovação na corporação.
A Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal) publicou uma nota crítica, destacando que o texto aprovado pela Assembleia Legislativa nesta terça-feira (29) personaliza a promoção de forma desleal e favorece apadrinhados políticos. Assomal afirma que a nova legislação, além de ser tendenciosa, reduz o tempo de serviço necessário para promoção de tenente-coronel a coronel e altera o número de vagas para promoções com base na antiguidade, medidas que a associação considera como um desrespeito à Constituição Federal e à Lei Orgânica Nacional das PMs e CBMs.
A nota da Assomal ainda afirma que a nova lei sugere uma mensagem negativa para os militares estaduais, indicando que os anos de serviço e dedicação à sociedade podem não ser suficientes para a progressão na carreira, a menos que se possua apoio de uma “autoridade de estimação”. O descontentamento entre os militares de Alagoas destaca a necessidade de um diálogo mais justo e representativo sobre as políticas de promoção dentro da corporação.