A Polícia Federal apresentou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório conclusivo de um inquérito aberto a partir da Operação Lava Jato para investigar o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
O relatório final da apuração, assinado pela delegada Lorena Lima Nascimento, não encontrou provas que confirmassem as suspeitas de que Renan cometeu crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A investigação apurou se o senador alagoano recebeu propina de 4 milhões de reais supostamente paga pelo Consórcio Estaleiro Rio Tietê, em Araçatuba (SP), em um contrato com a subsidiária da Petrobras. A delegada Lorena Lima Nascimento afirmou que as delações premiadas que citavam crimes do senador no caso não apresentaram provas contra ele.
Inicialmente, o inquérito investigava se Renan havia recebido doações eleitorais ilícitas por empresas do consórcio, mas a PF reformulou a linha de investigação. Segundo Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, após a assinatura do contrato com o consórcio, ele pediu ao empresário Wilson Quintella, sócio-administrador do consórcio, cerca de 1% de propina sobre o acerto. O valor equivalia a cerca de 4 milhões de reais e foi pago em espécie. No entanto, a delegada concluiu que “não se observou a existência de elementos que pudessem corroborar a hipótese criminal objeto da presente investigação”. O relatório final da investigação assinado pela delegada será enviado ao Ministério Público Federal, que decidirá se apresenta uma denúncia contra os emedebistas ou se a investigação deve ser arquivada.