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Em Marechal Deodoro, voto silencioso pode se transformar em grito de revolta

Cortesia

Alguns pontos, como a tradição de um eleitorado que só se revela nas urnas e o clima cada vez mais tenso, quanto mais se aproxima o dia 6 de outubro, não estão sendo levados em conta por alguns institutos de pesquisa em Marechal Deodoro.

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Nos bastidores, levantamentos que apontam uma grande diferença a favor de André Bocão, candidato do prefeito Cacau, contra Júnior Dâmaso, candidato da oposição, têm sido tratadas com descrença.

A questão é que, pesquisas realizadas nas duas eleições municipais passadas, por institutos diversos, erraram feio, muito feio, pois cravaram uma diferença estratosférica entre os primeiro e segundo colocados, e os pleitos foram definidos por pouquíssimos votos.

Com uma disputa marcada por denúncias de perseguições, abuso de poder e ameaças, o município teve aprovado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AL) o pedido de tropas federais para o pleito deste ano.

Nesta semana, registros de uma abordagem da SMTT de Marechal Deodoro mostram indícios desse clima. Conforme denúncias de moradores, postadas na entrada de um conjunto onde ocorreria uma ação de campanha de Bocão, as guarnições só estavam parando veículos adesivados com Júnior Dâmaso.

Uma das pessoas paradas, o ex-senador Euclydes Mello, partidário de Dâmaso e pai do vereador Jorge Mello, desabafou com um dos agentes: “Os senhores estão fazendo perseguição política, usando uma repartição pública para fazer perseguição política!”.

Logo depois, um ônibus lotado de partidários de Bocão, com bandeiras e cabeças de fora, passou pela “blitz” sem ser incomodado.

Por essas e outras, no domingo o voto “silencioso” pode se transformar em um grito de revolta.

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