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Deolane e Apae movimentaram milhões do jogo do bicho, indica investigação

Imagem: Reprodução

Antes de ser presa com a mãe sob suspeita de envolvimento na lavagem de dinheiro proveniente de jogos de azar e do jogo do bicho, a influenciadora e advogada Deolane Bezerrra, de 36 anos, fez campanhas publicitárias para empresas investigadas pela Polícia Civil de Pernambuco.

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Entre elas está a Edscap, que comercializa títulos de capitalização na modalidade “filantropia premiável”, na qual o direito de resgate dos pagamentos, feito pela pessoa que adquire o título, é cedido para uma entidade beneficente.

A Federação Nacional da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae Brasil) era quem recebia os valores da Edscap. A empresa pertence a Darwin Henrique da Silva, também dono da Esportes da Sorte.

Era pela Edscap que Darwin lavava dinheiro proveniente do jogo do bicho e de apostas ilegais. Ele está preso desde o dia 5 setembro, quando se entregou à polícia para o cumprimento de um mandado de prisão.

Deolane usou as redes sociais, com dezenas de milhões de seguidores, para realizar rifas, nas quais sorteou prêmios como maletas de dinheiro em espécie e carros de luxo, como um Porsche 911 Carrera S Cabriolet, avaliado em R$ 1 milhão. A investigação mostra que os valores totais dos resgates dos títulos de capitalização eram revertidos para a Apae Brasil, que mandava uma quantia para a influencer.

Organização criminosa

Deolane e a mãe dela, Solange Alves Bezerra Santos, de 55 anos, foram presas no último dia 4 apontadas pela Polícia Civil de Pernambuco como integrantes de uma organização criminosa envolvida com jogos ilegais e lavagem de dinheiro.

Para movimentar os lucros resultantes de atividades criminosas, como mostra a investigação policial, o grupo se usava de um método conhecido como “smurfing“, usado também pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).

Como mostram informações enviadas à Polícia Civil pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Deolane e os outros denunciados realizaram transações financeiras incomuns com 34 empresas, além de pessoas físicas, com depósitos em dinheiro vivo.

*Com Metrópoles

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