A Polícia Civil de Manaus constatou que Camila Barroso, de 33 anos, patroa presa por envolvimento na morte da babá Geovana Costa Martins, de 20, a mantinha em cárcere privado como “escrava sexual”. A vítima foi dada como desaparecida em 19 de agosto após sair da casa onde trabalhava no bairro de Petrópolis, em Manaus, no Amazonas.
No dia seguinte, o corpo foi encontrado em uma área de mata no bairro Tarumã, com sinais de espancamento. Camila, que chegou a ir ao velório e chorou pela vítima, foi presa na quarta (28) por envolvimento na morte. Segundo as investigações, ela obrigava Geovana a se prostituir para pagar uma suposta dívida. Além disso, pretendia levá-la para a Europa, possivelmente como “mula” para transporte de drogas.
A delegada Marília Campello, que está à frente das investigações, contou que Camila usava a casa em que morava com Geovana como ponto de prostituição. No local, a babá era obrigada a fazer programas sexuais. “Ela foi aliciada por uma vida de balada e bebida, mas depois a Camila passou a obrigá-la a ficar lá. Não deixava mais a moça sair, embora ela quisesse, e era explorada sexualmente”, detalhou a delegada.
Ainda segundo a delegada, além de manter a jovem cárcere privado, Camila a proibia de ter contato com outras pessoas, como o ex-namorado e a ameaçava caso saísse da casa. Ela aterrorizava a vítima com o argumento que teria sido esposa do criminoso Mano Kaio, considerado um dos líderes do tráfico de drogas no Amazonas e foragido no Rio de Janeiro.
*Com Band Jornalismo.