O jornal Estado de São Paulo publicou besta quarta-feira (28), a informação de que uatro coronéis do Exército Brasileiro deverão ser investigados pela instituição em decorrência da carta golpista pró-Bolsonaro vazada em 2022 e que pressionava o comando da instituição a impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O Exército abriu inquérito para investigar os supostos autores da carta. Os alvos da investigação são os coronéis da ativa Alexandre Castilho Bitencourt da Silva e Anderson Lima de Moura, e dois da reserva: Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo Cardoso.
A determinação para abertura do inquérito foi dada pelo comandante do Exército, general Tomás Paiva, após serem detectados “indícios de crimes” na elaboração da carta.
Ao todo, o Exército investigou em sindicância 46 oficiais que assinaram a carta usada como instrumento de pressão ao então comandante do Exército, General Freire Gomes, para aderir à tentativa de golpe.
O documento, intitulado “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”, teve “clara ameaça
de atuação armada” após as eleições, segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A sindicância concluiu que 37 militares tiveram algum tipo de participação no episódio que envolveu o documento. Desses, quatro escreveram o texto e 33 o assinaram.
Os que apenas assinaram a carta cometeram transgressão disciplinar. Dos 37 envolvidos no episódio, 11 escaparam de punição após darem explicações. Já 26 sofrem punição que variaram de prisão à advertência.
Da Redação, com O Globo