Search
Close this search box.
Search

No Dia do Folclore, programa Folguedos na Rede leva tradições culturais a alunos das escolas públicas de Maceió

Imagem: Reprodução

No dia 22 de agosto é celebrado o Dia do Folclore Brasileiro, uma data destinada a valorizar as ricas manifestações culturais do Brasil. Para aproximar as crianças dessas tradições, a Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed), em parceria com a Fundação Municipal de Ação Cultural de Maceió (FMAC), lançou em março de 2024 o Projeto “Folguedos na Rede”. O projeto visa resgatar e fortalecer a identidade cultural local, destacando os Folguedos Alagoanos, como o Coco de Roda, Guerreiro, Reisado e Fandango, que são festas com origens populares e religiosas e desempenham um papel fundamental na cultura do Estado.

PUBLICIDADE


Quarenta mestres foram designados para ministrar aulas sobre a cultura popular para 1.200 estudantes em 40 escolas da Rede Municipal de Educação de Maceió. “Essa experiência vem fortalecendo significativamente a formação dos estudantes, pois a cultura popular proporciona um conhecimento ancestral que deve ser integrado ao currículo escolar”, afirma o coordenador Técnico de Arte e Cultura da Semed, Tércio Smith.

Além do convênio com a FMAC, o projeto conta com a parceria da Associação dos Folguedos Populares de Alagoas (Asfopal) que, enquanto instituição representativa coordena as atividades dos mestres nas escolas. O presidente da Asfopal, Ivan Barsand, destaca a importância das escolas como locais cruciais para a preservação e disseminação dos folguedos alagoanos, garantindo que essas tradições permaneçam vivas.

Ações

Além das aulas nas escolas, a Semed organizou, em parceria com a Asfopal e a FMAC, eventos culturais, como o 22º Festival Junino Sesc-Semed, que se tornou palco paras apresentações de danças típicas com performances de várias modalidades de Folguedos.

O folclore também marcou presença na Feira Literária do Jacintinho, a FliJaça. Realizada neste mês de agosto, a feira contou com apresentações de Coco de Roda, Grupo das Baianas e Grupo Coco das Crianças, das escolas municipais Marechal Floriano Peixoto, Professora Neide De Freitas França, e CMEI Professora Albene Clarindo Duarte, respectivamente e com a participação do Mestre de Guerreiro Peitica, ministrando aulas de Guerreiro.

Os alunos da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI) da Escola Municipal Kátia Pimentel Assunção, com auxílio do professor de arte Renan Cláudio, confeccionaram chapéus de guerreiro em oficinas.

Ainda neste mês de agosto, com o encerramento dos três meses do Projeto Folguedos na Rede, a Semed deve planejar momentos de culminância, com apresentações de cortejos das escolas que foram contempladas.

Tradição nas escolas

Em uma das unidades contempladas pelo projeto, o CMEI Professora Albene Clarindo Duarte, as crianças de 3 a 5 anos aprendem e mergulham na cultura tradicional alagoana. Desde 2017, os professores e auxiliares de sala da instituição instigam os alunos a conhecer sobre as representações culturais tradicionais e torná-las parte cotidiano das crianças, assim como visitar espaços como Museus, Feiras de Cultura e Teatros da capital.

A diretora do CMEI, Ana Cristina de Oliveira, contou que as experiências dos alunos com a cultura popular tradicional são feitas de diferentes maneiras, por meio da interação com os símbolos, personagens, musicalidade, ritmos, sonoridade, melodia, o cantar e dançar. Com a mediação do Mestre Nildo Verdilinho, as crianças aprendem sobre o Coco de Roda e o Guerreiro e fortalecem sua conexão com a cultura de Alagoas.

“Desta forma, objetivamos com estas vivências e experiências ampliar os repertórios sonoros, melódicos, rítmicos das crianças e assim garantir o direito delas de emergirem e de se expressarem por meio das diferentes linguagens, enredos e narrativas que embalam cada uma dessas expressões”, completou a diretora.

Da sala de aula para o grande público

O professor Renan Claudio, da EJAI, explicou um pouco sobre como foram as aulas ministradas por ele e relatou a emoção e o envolvimento de suas alunas com o tema do folclores.

“Umas das minhas aulas preferidas é sobre a cultura popular, sobre os folguedos alagoanos, sobre o Guerreiro das Alagoas. Na primeira etapa das aulas, falo sobre a importância das tradições em uma determinada comunidade, faço um breve histórico sobre a origem do Guerreiro, seus personagens, músicas e danças e abro uma roda de conversas. A segunda etapa do projeto são as oficinas que, a princípio as alunas ficam temerosas, mas com paciência preparo o material, explico e com pouco tempo, umas já estão passando as dicas para outras”, contou.

Segundo Renan, grande parte do material de trabalho utilizado na oficina de chapéu, foi as próprias alunas que trouxeram de casa. Tesouras, colas, estiletes, fitilhos e caixa de papelão adquiridas em supermercados da região: “O que me emocionou foi a dedicação das alunas, o esmero em cada detalhe aplicado no trabalho, mesmo sabendo que a maioria delas vêm à escola após uma jornada exaustiva de trabalho, superaram o cansaço, o sono e quando terminava a oficina elas diziam umas para as outras: Não é para faltar amanhã não!”.

O professor prosseguiu contando que o último dia da oficina se tornou um evento. “Elas fizeram um coffee break de encerramento e apresentaram o resultado do trabalho delas no pátio da escola, em homenagem ao Dia do Estudante, com muita euforia e a auto-estima lá em cima. Mas minhas alunas queriam mais e eu também, foi quando o Tércio Smith propôs que elas se apresentarem na Flijaça. Elas ficaram felizes da vida pois os chapéus que cada uma delas confeccionou foram expostos e os visitantes tiraram fotos e selfies com o fruto do trabalho delas”, comemorou.

“Agradeço à direção, supervisão e a parceria dos professores que cederam seus horários para que pudéssemos realizar a nossa oficina. Agradeço a cada aluna pela dedicação, foco e paciência e um agradecimento especial ao Tércio Smith, que gentilmente, gravou a música do Guerreiro, para que as alunas se apresentassem”, finalizou Renan.

Fonte: Secom Maceió

Todos os direitos reservados