O ministro do Tribunal Superior Federal (TSF), Alexandre de Moares, se pronunciou nesta quarta-feira (14), durante sessão do pleno, sobre o áudio vazado pelo site do jornal Folha de São Paulo que insinuavam que o ministro teria solicitado investigação, no chamado inquérito das Fake News, fora dos ritos oficiais.
O ministro se pronunciou logo depois das falas do presidente, Luis Barroso, do decano, Gilmar Mendes, e do Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, todas em defesa à conduta de Moraes.
“Nenhuma das matérias preocupa o meu gabinete, me preocupa, ou à lisura dos procedimentos. Todos os procedimentos foram realizados no âmbito de investigações já existentes, principalmente o inquérito 4781, conhecido na mídia como o inquérito das Fake News e o inquérito 4878, também denominado pela mídia como inquéritos das milícias digitais. Esses inquéritos apuram diversas condutas. As investigações realizadas pela Polícia Federal, as aquisições e o acompanhamento feitos pela Procuradoria-Geral da República no curso desses inquéritos e das petições em anexo outras investigações conexas à esses inquéritos, várias vezes surgia que aquele investigados estavam reiterando as condutas ilícitas realizadas nas redes sociais”, iniciou Moraes. “Seria esquizofrênico, eu, como presidente (do TRE na época), me auto-oficiar”.
Ainda durante sua fala, Moraes afirmou, sem citar nomes, que “algumas pessoas preferem continuar glorificando o extremismo, o populismo extremista que se vale da instrumentalização das redes sociais.”
“Absolutamente todos os agravos regimentais foram trazidos ao plenário desta Corte. Não há nada a esconder”. Lamento que interpretações falsas interpretações falsas, interpretações errôneas de boa ou má-fé acabem produzindo o que nós precisamos combater neste país, que são notícias fraudulentas. O que se vê de ontem para hoje é uma produção massiva de notícias fraudulentas, para, novamente, tentar desacreditar o Supremo Tribunal Federal, as eleições de 2022 e a própria democracia no Brasil”, encerrou Moraes.