📍Em entrevista ao Infobae, concedida no sábado (10), a ex-primeira-dama argentina Fabiola Yáñez, disse temer por sua segurança e ser vítima de assédi0, por parte do ex-presidente Alberto Fernández. Fabiola denunciou Fernández por vi0lência de gênero: “Tenho que me resguardar, tenho medo”, afirmou Yáñez.
O juiz argentino que conduz o caso, Julián Ercolini, decidiu reforçar a segurança da ex-primeira-dama que vive agora em Madri, na Espanha, com o filho de dois anos, fruto de sua relação de mais de uma década com o ex-presidente.
“Durante dois meses ele me ameaçou dia sim, dia não, dizendo que se eu fizesse isso, se fizesse aquilo, ele se suicidaria”, disse Yáñez, referindo-se a Fernández.
A entrevista ao site Infobae foi a primeira concedida por Fabiola, desde que vieram à tona fotografias em que ela aparece com hematomas em um braço e no rosto.
“Eu cuidei desse homem muitas vezes. Aqueles vídeos que apareceram outro dia não são nada comparados ao que ele fez”, disse Yáñez sobre um vídeo que veio à público dias atrás, no qual supostamente se ouve a voz de Fernández, mas cuja imagem não aparece, fazendo graça com uma jovem jornalista de entretenimento que bebe e ri no gabinete presidencial.
Yáñez também garantiu que sofreu “assédio telefônico e terrorismo psicológico” de parte do ex-presidente e que não recebeu ajuda, embora “muitas pessoas” soubessem da suposta situação de violência envolvendo o casal quando ambos conviviam na residência presidencial em Buenos Aires.
“Hoje eu não pude sair de casa, puseram inibidores para que não pudesse sair de casa. Inibidores que faziam com que o carro desligasse”, relatou, pedindo uma investigação. “A Justiça precisa averiguar porque eu não sei por que isso aconteceu”, afirmou.
O ex-presidente, de 65 anos, nega todas as acusações. “A verdade dos fatos é outra”, frisou ele através das redes sociais.
A Justiça fez buscas na residência de Fernández, em Buenos Aires, e apreendeu seu telefone celular. Também impôs medidas restritivas como proibir sua saída do país, segundo fontes judiciais citadas na imprensa argentina.
O caso provocou repercussão em todo o espectro político argentino, especialmente na oposição peronista, o movimento no qual milita o ex-mandatário.
A ex-presidente e ex-vice de Fernández, Cristina Kirchner, afirmou na rede social X que seu companheiro de governo “não foi um bom presidente”.
Ademais, considerou que as imagens sobre o caso que vieram à tona “delatam os aspectos mais sórdidos e obscuros da condição humana”.
*Com informações da IstoÉ