A ex-secretária de Educação de Alagoas, Roseane Vasconcelos, tomou um verdadeiro “chá de sumiço” desde que deixou a pasta. Sua atuação tem sido questionada entre servidores e pais de alunos da rede municipal de ensino pelo fato de se ausentar das responsabilidades pelo caos administrativo na Seduc.
Os trabalhadores da Educação se queixam pelo fato de Roseane não ter dialogado com a categoria no sentido de informar sobre os contratos que estavam prestes a serem cancelados. Além disso, há suspeitas de que ela agia sob a batuta do seu antecessor, Rafael Brito.
“Ela sequer teve a sensibilidade de dar um aviso prévio, deixando cerca de 3 mil pais e mães de família sem renda no início do ano, período onde há acúmulo de inúmeras despesas”, disse uma professora que foi vítima da demissão em massa. Ela optou em ter a identidade preservada.
À reportagem do Portal AL102, um outro servidor chegou a caracterizar a ex-secretária como “fantoche” do seu antecessor. “Ela não resolvia nada. Quem tomava as decisões era o Rafael [Brito], por isso a secretaria caminhava a passos de tartaruga”, revelou.
Insatisfeitos pela forma que foram tratados, os trabalhadores da Educação cobram que o governador Paulo Dantas (MDB) identifique quem foi o culpado pela falta de comunicação que provocou tamanho desgaste para as partes envolvidas.
Há, ainda, aqueles que não tem dúvidas de que o caos administrativo na Seduc foi provocado por conta da campanha de Rafael Brito ao cargo de deputado federal. “Ele colocou o pessoal para trabalhar em troca de votos. Agora, depois de eleito, ninguém tem mais valor”, desabafou a fonte.
Em recente entrevista à imprensa, o deputado federal culpou sua apadrinhada pelo que caracterizou como “falta de comunicação”. “Agora é óbvio que houve por parte da Secretaria uma falha de comunicação, porque se as pessoas fossem comunicadas, nada disso estaria acontecendo”, disse Rafael Brito.
Fonte: AL 102