Advogada deixa profissão após ganhar coroa de flores do PCC

Imagem: Reprodução

Uma advogada decidiu se afastar da profissão após receber uma coroa de flores de seu cliente, um importante líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). Após a Justiça de São Paulo negar o pedido para que o criminoso fosse removido do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), a criminalista recebeu o “presente” em sua casa, que foi entendido como uma ameaça de morte.

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O episódio ocorreu em 2002, na época, o preso cumpria pena no Centro de Readaptação Penitenciária (RCP) de Presidente Bernardes. Por cometer falta grave no sistema prisional, ele foi transferido para o RDD. A criminalista entrou com um habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo pedindo para que ele voltasse a cumprir pena fora do regime, mas o pedido foi indeferido.

A advogada agendou uma audiência com o cliente no CRP. Viajou quase 600 km da capital até o presídio para dar a notícia ao detento, condenado a uma longa pena por diversos roubos, homicídios e formação de quadrilha. O homem ficou revoltado com a notícia, culpou a criminalista pelo indeferimento do habeas corpus, xingou a profissional e a ameaçou de morte.

Em seguida, o preso descobriu o endereço da mulher e mandou uma coroa de flores fúnebre ser entregue na casa dela. Segundo o colunista Josmar Jozin do UOL, depois do episódio, o líder do PCC foi transferido outras sete vezes para o CRP de Presidente Bernardes e passou a ser considerado um dos campeões de internação no RDD, até ser removido para um presídio federal.

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