A formação territorial do Brasil continua a refletir profundas desigualdades, segundo Rafael Sanzio, geógrafo da UnB. As cidades como Maceió, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre são marcadas por suas distintas formações geográficas, com destaque para suas montanhas e morros que moldam a paisagem urbana. Estas elevações não apenas definem o perfil visual das cidades, mas também influenciam aspectos culturais e sociais.
Sanizio enfatiza que a configuração territorial do país revela a persistência das políticas e estruturas que marginalizam comunidades quilombolas. Essas comunidades, historicamente excluídas da narrativa oficial, representam formas resilientes de resistência territorial, apesar das adversidades institucionais.
O debate sobre a formação das periferias e favelas destaca um urbanismo que historicamente separa e marginaliza. A existência desses espaços reflete a divisão entre um Brasil formal e um informal, mostrando quem tem acesso aos recursos urbanos e quem permanece à margem.
