Na última segunda-feira (8), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) realizou uma assembleia extraordiária para discutir a falta de demarcação de terras indígenas, aproveitando o momento para marcar diversos protestos contra a gestão do presidente Lula (PT) e o Supremo Tribunal Federal (STF). Os atos devem começar ainda hoje (quarta-feira, 10).
A principal pauta dos reclamantes segue sendo a falta de demarcação de terras, sobre as quais o governo argumenta que enfrenta impedimentos jurídicos para seguir com a demanda. Entretanto, informações internas dão conta de que não há impedimentos. A outra explicação, também não aceita pelos povos indígenas, é o Marco Temporal. Outra demanda apresentada pelos Povos Indígenas é a falta de políticas públicas voltadas ao grupo.
No ano passado, Lula chegou a participar de um evento do Acampamento Terra Livre (ATL) no qual deveria anunciar 14 demarcações, entretanto só foram oficializadas seis. As outras, deveriam ter sido anunciadas até o fim do ano de 2023, mas isso não aconteceu. A Apib afirma que segue apoiando a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, mas que seguirá protestanto contra o governo Lula para demonstrar sua insatisfação com a situação.